ENTENDA QUAIS SÃO OS DESAFIOS DA ADVOCACIA FEMININA
A área do direito pode ser extremamente desafiadora, especialmente para quem está se formando e entrando no mercado de trabalho. Além da graduação, o profissional do direito precisa ser aprovado no exame da OAB e encontra grande concorrência em diferentes áreas de atuação.
Para as mulheres, a dificuldade pode ser ainda maior, fazendo da advocacia feminina um tema de grande relevância para a superação de alguns dos principais obstáculos da profissão. Embora as mulheres estejam conquistando cada vez mais espaço no mercado do direito, há ainda impasses e desafios que devem ser enfrentados e solucionados. Acompanhe nosso post de hoje e conheça alguns dos principais desafios que as mulheres ainda enfrentam na área da advocacia!
Sub-remuneração
Comparadas com os homens na advocacia, observamos situações em que as advogadas ainda faturam menos, mesmo executando as mesmas atividades ou oferecendo serviços com mesma ou superior qualidade. Embora o desafio da sub-remuneração com viés de gênero esteja presente em todo o mercado de trabalho, a advocacia tende a uma desigualdade ainda maior por ser uma área tradicionalmente ocupada por homens
É muito comum que mulheres sejam alvo de testes constantes no ambiente de trabalho, sendo submetidas, muitas vezes, a situações de extrema pressão e estresse mental. Assim, além de receber menos, há situações em que as mulheres são mais cobradas do que seus colegas homens, devendo continuamente reafirmar suas habilidades profissionais. Apesar de a OAB combater a remuneração desigual das profissionais por meio de comissões especializadas, ainda há espaço para avançarmos.
Licença-maternidade
O suporte integral à maternidade é uma das principais demandas trabalhistas das mulheres e não pode ficar em segundo plano. Na área do direito, vêm sendo debatidos temas como o aumento do auxílio-maternidade e a maior disponibilidade de creches e de fraldários nos fóruns. Problemas de acessibilidade para as gestantes, como longas escadarias e a falta de estacionamento prioritário no local de trabalho, são outras demandas que merecem atenção.
Infelizmente ainda observamos casos em que a mulher é preterida ao homem na contratação em alguns escritórios por causa dos planos de ter filhos. Isso dificulta bastante a valorização profissional da mulher na advocacia.
Problemas de assédio na advocacia
Apesar de serem cada vez menos tolerados, comentários sexistas, provocações e casos mais graves de assédio moral e sexual continuam sendo as principais ameaças às mulheres no mercado de trabalho, inclusive na advocacia.
Na tentativa de combater o problema, fóruns trabalhistas passaram a contar com canais de comunicação especializados em denúncias de assédio. Ainda que não seja uma medida definitiva para o problema, iniciativas como essa representam um esforço de prevenção da violência e do constrangimento pessoal e profissional da mulher no ambiente de trabalho.
Empreendedorismo
Para ter sucesso na carreira, uma opção vislumbrada por muitos profissionais do direito é abrir o próprio negócio em vez de ingressar no setor público ou atuar em escritórios privados. Mas é exatamente no empreendedorismo onde há maior carência de mulheres da área do direito.
Um dos motivos para essa escassez pode ser o ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho ou a eventual cumulação com tarefas familiares. Além de terem sido historicamente impedidas de assumir posições de liderança, as mulheres ainda são, muitas vezes, desencorajadas a desenvolver seu espírito empreendedor — um desafio em vias de superação. Trabalhar por conta própria pode ser uma excelente opção de atuação profissional para as advogadas, principalmente considerando que muitas já estão inseridas em setores administrativos e de gestão, essenciais para a manutenção e desenvolvimento de um escritório de advocacia.
A OAB vem promovendo muitos debates relativos à igualdade de gênero, valorizando o trabalho desenvolvido por mulheres e transformando a advocacia no Brasil. Cada vez mais, as mulheres vêm conquistando seu espaço no mercado e desafiando os obstáculos na área da advocacia.
Você já passou por algumas dessas dificuldades? O que acha que merece maior atenção para que as mulheres alcancem a igualdade profissional? Deixe seu comentário, queremos saber a sua opinião!
(Fonte: institutodialogo.com.br)
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